segunda-feira, 13 de março de 2017
Porque Portugal não cresce?
Portugal anda ás pantufadas com o crescimento do PIB desde o inicio do Século XXI, a Economia Portuguesa, pese embora os resgates de 1977/78 e 83/84, crescia a uma média de 6% nos anos 70, 4% nos anos 80 e 2,5 – 3% nos anos 90. Portugal até aos anos 70 e 80, tinha uma taxa de poupança e investimento muito elevados. A poupança faz parte do ciclo de financiamento da Economia, sem poupança não há investimento, pois são elas que financiam a nova atividade económica. Portugal é um País exporta bens de valor acrescentado médio-baixo e importa bens de valor acrescentado alto, logo temos uma crónica balança comercial de bens deficitária. Esta situação no final dos anos 90 até 2009, era o nosso pão de cada dia, o consumo de bens duradouros(televisões, carros etc…) era impulsionada pelo crédito ao consumo, e com a taxa de poupança a cair para níveis nunca vistos, podia-se perceber que o consumo não era gerado pelos rendimentos gerados pela economia mas sim pelo endividamento externo o que levava que uma das componentes do crescimento do PIB, a procura externa(diferença exportações e importações), fosse bastante negativa o que era o contrário da Procura interna(consumo privado, público e investimento), que crescia com recurso a endividamento externo. Este perfil de crescimento não é saudável para nenhum País, entramos na armadilha de baixo crescimento não só por não termos feito as reformas estruturais que o euro exigia, resolvendo os nossos problemas de fundo na não aposta nos bens transaccionáveis, como os agrava-mos, através da instabilidade legislativa na área fiscal. Os sucessivos Governos alteravam(e alteram)a politica fiscal do País ano a ano, o enquadramento tributário não era estável, e a estabilidade e a confiança são necessários para o investidor externo.Salve-se o acordo da reforma do IRC que foi aprovado pelo centrão PSD-PS-CDS em 2013, mas que António Costa o rasgou para financiar o programa de reversões em curso. Termos uma taxa de IRC(que era de 25%) mais as derramas municipais, entre o pagamento especial por conta, a electricidade mais cara da Europa ajustada á paridade e poder de compra, bem como um preço dos combustíveis pornográfico, como queremos atrair investimentos de milhares de milhões de euros, renovar o stock de capital negativo que temos, gerar atividades com elevado valor acrescentado e empregos bem remunerados? .No País do Estado Gordo, do funcionalismo público, e do “coitadinho” não é decerteza….
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