domingo, 12 de março de 2017
O discípulo de Maquiavel
Ninguém questiona as qualidades intelectuais e humanas de Marcelo Rebelo de Sousa, o ex-afilhado de Marcello Caetano e amicíssimo de Ricardo Salgado. É um ilustre professor de Direito e de reconhecidos méritos, têm uma longa experiência política e vivências que poucos em Portugal têm. O hiperátivo e católico, sempre sonhou ter um cargo relevante na política Portuguesa, como líder do PSD, foi responsável somente, ao aprovar orçamentos ao Governo minoritário de Guterres, mas não cativava nenhuma alma pensante. Vindo da burguesia aristocrática Lisboeta, viu um Homem de origens nortenhas, Pedro Passos Coelho, que não pertencia ao “clube” a chegar ao cargo de Primeiro-Ministro e a ser reeleito. O ódio de estimação a Passos, aquele que disse não ao seu amicíssimo Ricardo Salgado, crescera para níveis nunca vistos. Marcelo tinha sua única possibilidade de cumprir o seu “sonho”, visto que a lider do PSD, foi um fracasso: A corrida à Presidência da República. A campanha do “Professor”, foi um passeio, a TVI deu jeito e os candidatos eram medíocres(António Costa lançou Sampaio da Nóvoa deprepósito para que o seu Ex-Professor fosse eleito). Chegado à Presidência, no contexto geringonçal, Marcelo entrara no Mundo perfeito, um Governo fraco, era o ideal para aplicar o seu Presidencialismo, ser afectuoso e ganhar ainda mais popularidade, para que, essa mão “invisível”, um dia tenha força suficiente para aguentar um desastre chamado António Costa, pois, caso o Costa bata com a porta antes do resgate, Marcelo terá a seu favor que não foi pela culpa do Presidente que este caiu. Outro cenário: Sabe-se que Marcelo é um verdadeiro “xico-esperto” à portuguesa, aproveita-se da situação para ter o máximo de poder e influência decisória na vida, com Pedro Passos Coelho, isso não aconteceria, um Governo forte deixava pouca margem de manobra ao cata-vento mediático. A estratégia de Marcelo, é enfraquecer Passos para que este saia, e o PSD ficar um partido charneira do PS(E Rui Rio é o ideal para isso), ficando o País refém do totalitarismo de esquerda. Não sei se Marcelo mediu as consequências disso, porque quando chegar a hora do BCE parar de injetar, António Costa promoverá o espectáculo da conjutura externa, ficando Marcelo com os ativos tóxicos do apoio à Geringonça.
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