quarta-feira, 5 de abril de 2017

O embuste





A queda do Banco Espírito Santo foi tão poderoso que  significou uma mudança de regime na economia portuguesa. Foi uma rede de poder que acabou, uma rede de que muitos políticos tinham medo, medo não do Banco, mas do seu líder, Ricardo Salgado mandava em tudo e em todos, menos em um, e esse, Pedro Passos Coelho, não lhe devia favores, Salgado tinha que terminar a sua rede de influências, pediu a Passos Coelho que usasse a Caixa Geral de Depósitos, para financiar o GES (Grupo Espírito Santo),  um conglomerado descapitalizado, opaco e mal gerido. Passos disse não, bem como Maria Luís Albuquerque, e o regime rentista maçónico Português, pelo menos uma vez na vida, não tinha influência no poder político, o PSD dos interesses não fazia parte da liderança de Passos, e é isso que Manuela Ferreira Leite, Rui Rio entre outros barões assinalados, não perdoam. Nem eles, nem Ricardo Salgado, nem muitos da maçonaria, daí todas as forças insistentes, todos os dias e todas as semanas, inclusive o amigo mais próximo de Ricardo Salgado, Marcelo Rebelo de Sousa, querem deitar a baixo Pedro Passos Coelho. A venda do NOVO BANCO começa com um erro de Bruxelas, esta impõe um prazo para vender o banco, ora um banco de transição em que o mercado sabe que este um prazo de validade vai perdendo valor, as licenciaturas de Oxford e Harvard não servem, defacto, para nada. Segundo, o Banco de Portugal não devia ter tido o pelouro de vender o banco, não tem essas funções, nem muito menos competências para isso, e vê-se pelo resultado.  O BDP devia concentrar-se na supervisão, e como se percebe pelos sucessivos problemas de bancos em Portugal, não é coisa pouca, nem muito menos fácil. Foi por isso que Carlos Costa  contratou Sérgio Monteiro para coordenar o segundo processo de venda do Novo Banco. Decidiu-se, então, por uma doação ao Lone Star, a Estrela Solitária recebeu um banco ao colo, António Costa disse que ia ser um estrondoso sucesso, a montanha pariu um rato, defacto, não havia uma solução melhor, esta era a pior mas a melhor entre as piores, o PREC da Nacionalização tinha custos imprevisíveis, a Liquidação, que em Portugal é sempre desordeira, ia ser um desastre, o problema nem é a venda ao Lone Star, que até estou convencido que vai fazer um bom trabalho no Novo Banco como tem feito com outros Activos de qualidade duvidosa, o problema é António Costa e o Tio Marcelo virem a público, com a sua cara de lata de sempre, a dizer que: ” Fiquem descansados que não vão existir custos para os contribuintes”, se não é para rir é para chorar, se a garantia é do Estado através do Fundo de Resolução, que é financiado pelos bancos do sistema, mas como este fundo não tem dinheiro, vão ser os contribuintes a assumir o primeiro risco, o de emprestarem o dinheiro necessário para fazer face às perdas que aí vêm. O Estado vai endividar-se para o fazer… Logo haverá custos, claro se a gestão dos activos do fundo de resolução perderem valor, como estão a ser geridos pelo Estado vão perder, é certinho… Esperemos pela factura, e claro, segundo Costa:” Não vivemos no País das maravilhas” , caros leitores, já sabem, vai sair caril… E do grosso! E já sabem de quem é a culpa, é de Passos Coelho!
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(2) P.S: É giro ver o BE e o PCP a engolirem sapos bem grandes para aceitarem a entrega do Novo Banco ao que eles chamam de “fundos abutres”, neste momento representam bola de credibilidade, repito, BOLA!.

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